Na última quarta-feira, dia 3 de setembro de 2025, fui impactado com a terrível notícia sobre um senhor, em frágil situação de saúde, que após ser atendido por conta de uma pneumonia, teve alta do Hospital Municipal Abelardo Gadelha, em Caucaia (no Ceará); porém, de maneira degradante, foi deixado na rua, às margens de um campo de futebol — ainda com acesso venoso no braço — e sem qualquer assistência mínima.

Essa horrível cena aponta para a incencibilidade e um colapso ético profissional que nosso Brasil vem passando: isso não é negligência, mas sim, um sintoma cruel na falta de responsabilidade institucional e total fragilidade na rede de proteção aos idosos no Brasil. Tratar um ser humano, vulnerável e doente, desta maneira não pode ser tolerado.

Nós, enquanto autoridades parlamentares e representantes do povo, temos o dever de nos indignar e exigir mudanças concretas de imediato. Cenas como esta é digna de total repúdio, e por isso, se faz necessário a responsabilização imediata dos servidores envolvidos, garantindo-lhes a ampla defesa junto ao sistema judiciário.

Mais do que uma falha administrativa, o caso expõe uma ferida que se nega a cicatrizar, uma vez que, assim como este senhor, muitos idosos sofrem maus tratos todos os dias no Brasil. É preciso rever os protocolos de alta hospitalar de forma que contemplem o acolhimento social de maneira objetiva, justa, responsável e humana, além de endurecer as penalidades para quem atenta contra os idosos, que muitas vezes, só tem aquele familiar que é seu responsável direto, e, ainda assim, o agride.

É importante ressaltar que devemos fortalecer a rede de assistência social e saúde, articulando para que casos como esse nunca mais se repitam. A vida humana pede atenção, respeito e dignidade. Que, após esse ato, nós possamos refletir e encontrarmos caminhos para nos unir mais, em busca de melhores condições de atendimento, exigindo justiça, reforçando políticas de cuidado e reconstruindo nossa confiança na gestão hospitalar brasileira.

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